Informação sobre sífilis, causas, sintomas e tratamento da sífilis, abordando a sífilis primária, secundária, terciária e sífilis congênita.


Dados históricos sobre Sífilis

A sífilis é quase sempre transmitida através do contato sexual. A sífilis também pode ser passada de uma mãe infectada para o bebé durante a gravidez.

A sífilis pode ser evitada através de práticas sexuais mais seguras, com recurso ao uso de preservativos durante a relação sexual. As feridas associadas à sífilis feridas têm de ser cobertas com um curativo para manter que a infecção não se espalhe.
A história da origem da sífilis confunde-se com a história da civilização moderna e é marcada por controvérsias que persistem há mais de meio século.
A teoria do Novo Mundo sustenta que a doença era endêmica nas Américas e foi introduzida na Europa pelos marinheiros de Colombo; a teoria do Velho Mundo se apóia na tese de que as treponematoses já existiam em terras européias e eram causadas por um único microrganismo, mas, que foram sofrendo variações com os anos de modo a adquirirem características que aumentaram sua virulência, permitindo a transmissão sexual e acarretaram epidemias. A primeira epidemia de sífilis relatada na história ocorreu na Europa e data do final do século XV, até então a doença era desconhecida.
O termo lues venérea ou simplesmente lues, cujo significado em latim é algo como peste, epidemia, surgiu no século XVI, em 1579, idealizado por Jean Fernel. Também denominado como mal gálico, mal venéreo, bubas e pudendraga, o nome sífilis surge em 1530, em um poema escrito por Girolamo Fracastoro de Verona, intitulado Syphilis sive morbus gallicus, contudo, sífilis como definição de um quadro patológico, começou a ser usado somente no final do século XVIII.
Os primeiros relatos médicos da doença surgiram em 1495, na Batalha de Fornovo. Marcellus Cumano e Alexandri Benedetto, médicos venezianos que serviam no front, relataram aspectos clínicos da doença em soldados que apresentavam lesões semelhantes a grãos de milho na glande e prepúcio, pústulas por todo o corpo, seguidas de dores terríveis em braços e pernas que deixavam os soldados desesperados. O sofrimento causado pela moléstia era mais repugnante que a lepra ou elefantíase, segundo consta em anotações de Benedetto.
O agente etiológico da sífilis, a espiroqueta Treponema pallidum, assim denominada devido à dificuldade de se corar com as técnicas existentes na época, foi descoberto em 1905 por Fritz Richard Schaudinnn e Paul Erich Hoffmann na Alemanha. Em 1907, Wassermann desenvolveu o primeiro exame sorológico efetivo para a detecção da sífilis.