Informação sobre sífilis, causas, sintomas e tratamento da sífilis, abordando a sífilis primária, secundária, terciária e sífilis congênita.


Agente etiológico da sífilis

O agente etiológico da sífilis foi descoberto por Fritz Richard Schaudinn e Paul Erich Hoffman em 1905, ao trabalharem em Berlim. Por não ser facilmente corado pelas técnicas em uso à época, a espiroqueta em tela foi denominada Spirochaeta pallida. O achado foi confirmado por Karl Landsteiner, que visualizou o microrganismo pela técnica de microscopia de campo escuro, por ele desenvolvida em 1906. Neste mesmo ano a denominação Treponema pallidum já estava vigorando, com a demonstração feita por Reuter da presença do agente na parede da artéria aorta de um indivíduo acometido pela sífilis.
O Treponema pallidum sub-espécie pallidum é um dos quatro patógenos do gênero Treponema que causam doenças em seres humanos. Grande parte do conhecimento sobre ele advém da manutenção da cepa Nichols em coelhos de laboratório, desde 1912.
A transmissão do agente se dá de pessoa a pessoa, durante o contato sexual, na maior parte dos casos. A transmissão por contato com lesões mucocutâneas ricas em treponemas pode ocorrer, sendo particularmente importante nos recém-nascidos que necessitam de manipulação freqüente. A transmissão pode ocorrer, também, através da transfusão de sangue contaminado, pela via transplacentária para o feto e pela contaminação do último no canal de parto. A transmissão ocupacional é rara. O risco de transmissão por parceiro sexual foi estimado em 60%. Todos os seres humanos são susceptíveis ao T.pallidum, porém apenas cerca de 30% das exposições terminam em doença. A infecção leva ao desenvolvimento gradual de imunidade contra esse agente. Os casos tratados na fase aguda (sífilis primária ou secundária) não gerarão imunidade, sendo casos susceptíveis à reinfecção.

Manifestações clinicas da sífilis

Sífilis tem várias manifestações clínicas, sendo este um aspecto muito importante de diagnóstico ao fazer testes de laboratório. Na América do Norte, muitos casos insuspeitos são descobertos por testes laboratoriais. O agente etiológico, Treponema pallidum, não pode ser cultivado, e não existe nenhum teste ótimo como alternativa única. Teste sorológico é a abordagem mais frequentemente utilizada no diagnóstico laboratorial da sífilis. Existem diversos trabalhos que discutem os vários testes sorológicos e alternativas atualmente disponíveis, juntamente com as suas limitações, e relacionam os seus resultados para o estágio clínico provável. que correspondente à doença. A necessidade de utilizar vários testes é discutida, bem como a importância do controle de qualidade. A complexidade da sífilis sorologia significa que os serviços de laboratórios de referência e especialistas clínicos são muitas vezes necessários.