A OMS estima em 340 milhões o número de casos novos de DST curáveis (sífilis, gonorréia, clamídia, tricomoníase).
Os dados da prevalência nos trópicos mostram que a sífilis, conforme a região, é a segunda ou terceira causa de úlcera genital (outras são o cancro mole e herpes genital). Houve recrudescimento da sífilis na Irlanda, Alemanha e cidades americanas, como San Francisco e Los Angeles, em grupos com comportamento de risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH) e profissionais do sexo.
Nos Estados Unidos, em 2004 houve aumento de 11,2% dos casos de sífilis primária, que passaram de 7.177 em 2003 para 7.980.
Em relação à sífilis congênita, os dados obtidos em programas de pré-natal e maternidades mostraram soroprevalências elevadas, principalmente em países africanos.
No Brasil, em 2003, estimaram-se 843.300 casos de sífilis. Não sendo doença de notificação compulsória, os estudos epidemiológicos são realizados em serviços que atendem DST ou grupos selecionados, como gestantes, soldados, prisioneiros, etc.
Os casos registrados de sífilis congênita entre 1998 e 2004 totalizaram 24.448.
Sífilis é uma DST
A sífilis é uma doença
sexualmente transmissível (DST) causada pelo Treponema pallidum. A sifílis pode
ser tratada com antibióticos padrão, mas na ausência de terapia, dá origem a
estágios clínicos sequenciais. Nos estágios iniciais, a infecção é altamente
transmissível e, muitas vezes apresenta-se como lesões ulcerativas genitais ou
como uma erupção cutânea. A infecciosidade diminui através de um longo período
de latência, que pode ser seguida por complicações graves, incluindo doença
cardiovascular e neurológica. Sífilis pode ser transmitida durante a gravidez
para o feto em desenvolvimento e frequentemente provoca aborto, natimorto,
morte neonatal ou consequências graves, como surdez, cegueira e retardos
mentais